A TV QUE VOCÊ VÊ

Por Gerson Geovanni

Entra ano, sai ano e tudo é sempre a mesma coisa. Os canais de TV aberta oferecem uma programação muito pobre culturalmente em determinados horários. Vou destacar dois programas como exemplo da falta de criatividade na televisão brasileira:

ZORRA TOTAL E TOMA LÁ DA CÁ, ambos da poderosa Rede Globo e SUPER POP da Lucina Gimenez na Rede TV.

Vamos fazer uma viagem no tempo para comparar os dois programas em destaque, com a programação oferecida pela TV Globo em tempos passados.

Agildo Ribeiro, Chico Anysio, Jô Soares, ainda na ativa, os saudosos Costinha e Walter D’ Ávila entre outros fantásticos comediantes deixaram saudades. Uns porque já partiram, outros porque o novo perfil de programação da poderosa Rede Globo não os oferece espaço.

Quantas e quantas vezes nos divertimos com as piadas, “com graça”, feitas pelos nossos verdadeiros comediantes. A Escolinha do professor Raymundo, do humorista Chico Anysio, que revelou astros como Tom Cavalcante, André Damasceno e outros tantos. Que saudade do Viva o Gordo do Jô Soares, com seus personagens divertidos.

Mas é duro ligar a televisão e assistir as piadas “sem graça” do Zorra Total que ainda mantém artistas (Agildo Ribeiro, Paulo Silvino e André Damasceno) que acabam sumindo diante da mediocridade e falta de criatividade dos comediantes. Até que no começo tinha alguma coisinha que agradava, mas agora nem mais criança sorri diante de tanta bobagem.

Você, amigo Internauta, consegue sorrir assistindo este programa?

E o que dizer do Toma Lá da cá, nossa ! Nem mesmo os brilhantes comediantes Miguel Falabella e Marisa Orth conseguem ser engraçados com uma turma tão sem graça e sem inspiração. E por falar nos dois, que saudade do “Sai de Baixo”, que divertia as noites de domingo com um humor maravilhoso.

O Toma Lá da Cá é de doer heim !

Houve avanço na programação da TV Globo como o Profissão Repórter, algumas séries do núcleo de produção da TV, o tradicional Globo Repórter de roupagem nova, os tele jornais, as transmissões esportivas e é claro, as novelas que são a maior fonte de renda da programação da poderosa.

E o que dizer do Superpop da Rede TV, uma coisinha triste também. Uma apresentadora que não é da área (o que mais tem no Rádio e na Televisão) de comunicação toda perdida. Não sabe perguntar, não sabe ser mediadora de debates, não sabe nada. Mas é casada com um diretor da emissora, então sabemos a origem dessa péssima invenção. Bela para as passarelas com certeza, péssima como apresentadora.

O programa não contribui em nada, sem perfil, em identificação...

Salvam-se programas de televisão como o Programa do Jô, o humor inteligente do Casseta & Planeta e a Grande Família, O próprio Didi com a nova geração e na minha opinião, o melhor de todos os programas: o ALTAS HORAS do Serginho Grossman, prejudicado pelo péssimo horário oferecido pela emissora.

Apresentadores tradicionais como o elegante Amauri Júnior da Rede TV, o irreverente Otávio Mesquita, o perfil inconfundível do Datena, o conhecimento esportivo do Milton Neves e a competente Renata Fan e as transmissões esportivas da Rede Bandeirantes seguram a audiência.

É claro que não podemos esquecer programas como o Domingão do Faustão (mais do que nunca) que sabiamente foi divido antes e depois do futebol graças a Deus, porque também é de doer, o Gugu que continua com o mesmo modelo de programa a anos e anos, o padrão Sílvio Santos que mesmo os telespectadores sabendo como vai ser todo o domingo, ainda agrada.

A crítica têm sido ferrenha em relação a programação da TV brasileira e em especial a Rede Globo que por incrível que possa parecer, tira os bons programas da sua grade de programação e mantém os ruins, melhor dizendo, os péssimos.